Só neste século, os prejuízos por desastres naturais já chegaram a 2,5 trilhões de dólares
O Escritório para Redução de Riscos de Desastres da Organização das Nações Unidas divulgou no dia 15 de maio o Relatório Global de Avaliação (UNISDR) 2013 alertando que as perdas econômicas relacionadas a desastres naturais estão “fora de controle“ e continuarão a crescer se o gerenciamento de riscos não ganhar mais importância nas estratégias de negócios globais.
O documento avaliou as bases de dados de 40 países referentes a perdas por desastres, além de pesquisa com 1.300 pequenas e médias empresas em locais propensos a desastres nas Américas e análise dos processos de gerenciamento de risco de 14 grandes empresas.
“Nós realizamos uma revisão completa dos cálculos de perdas financeiras acarretadas por enchentes, terremotos e secas e está claro que esses valores têm sido subestimados em pelo menos 50%. Só nesse século, as perdas diretas por desastres naturais chegaram a 2,5 trilhões de dólares”, declarou o secretário geral da ONU, Ban Ki-moon, que ainda disse que os princípios de gerenciamento de risco devem ser ensinados nas escolas de negócio e estar presentes na mentalidade dos investidores.
As transformações na economia global nos últimos 40 anos levaram a um rápido aumento dos riscos de desastre em todos os países, dos pobres aos ricos. Segundo o relatório, a globalização, a busca por redução de custos, por maior produtividade e por menores prazos de produção levam os negócios a locais com pouca ou nenhuma preocupação com as consequências sobre a cadeia de abastecimento global.
Um novo modelo de cálculo de riscos desenvolvido pelo Escritório para Redução de Riscos de Desastres da ONU e seus parceiros demonstra que as perdas médias anuais causadas apenas por terremotos e ciclones podem chegar a 180 bilhões de dólares ainda neste século.
De acordo com a chefe do Escritório, Margareta Wahlström, em um mundo de contínuo crescimento populacional, rápido processo de urbanização, mudanças climáticas e investimentos que não levam em consideração os riscos de desastres, o aumento do potencial de perdas futuras é a maior preocupação.
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