Encontro promovido pela Universidade de Cambridge discute benefícios da sustentabilidade
O CEO da Allianz Seguros, Edward Lange, abriu o segundo dia do seminário ministrado pela Universidade de Cambridge aos diretores da CNseg. Sua palestra é mediada pelo diretor de Programas Abertos, do Programa de Liderança em Sustentabilidade da Universidade de Cambridge, Aris Vrettos. O encontro de dois dias ocorre no Rio de Janeiro e encerra-se nesta terça-feira. O executivo apresentou os números da empresa, líder mundial em sustentabilidade do setor, e convidou os executivos brasileiros a caminharem na direção de uma gestão verde. “Está claro que algo precisa ser feito e, como líderes do nosso setor, devemos estar à frente desse processo. É preciso definir aonde se quer chegar e motivar todos dentro da empresa para poder passar à ação”, afirmou Lange.
Edward Lange em sua palestra
O presidente da Allianz Seguros listou algumas ações sustentáveis, realizadas por sua empresa, como o esforço para neutralização da emissão de carbono. “Em 2006, definimos a meta para 2015 de reduzir 35% da emissão de CO2 e chegamos lá em 2012, três anos antes do previsto. 40% de todo o papel que utilizamos já é reciclado e 44% da nossa energia consumida já vem de fontes renováveis”, explicou o executivo.
Lange destacou ainda o investimento da empresa em microsseguros, algo essencial para a sustentabilidade, na sua opinião. “Há pesquisas que mostram que, após um desastre ambiental, os países que têm maior penetração de seguros recuperam com mais facilidade o PIB”, justificou, complementando que esse apoio à prevenção de riscos contribuiu para a estabilidade econômica. “É claro que a nossa margem de lucros nesses produtos também é ‘micro’, mas há muitos benefícios indiretos, como o ganho de reputação, de marca, e futuramente, uma sociedade mais bem preparada”, justificou.
Questionado pelos executivos brasileiros sobre o que motivou sua empresa a investir em sustentabilidade, o presidente da Allianz explicou que a companhia pensa a longo prazo. “Queremos produzir valor aos nossos acionistas nas próximas décadas e não apenas nos próximos anos”, disse ele, destacando que 40% dos sinistros pagos por sua empresa hoje devem-se a desastres ambientais: “Se nada for feito, nosso negócio fica inviável”.
No encontro, estão previstas ainda palestras dos especialistas de Cambridge, Barbara Oliveira, Richard Burret e Swenja Surminski, além da participação da diretora executiva da CNseg, Solange Beatriz Mendes, e de executivos do mercado de seguros nacional.
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